Entusiasmo, temores, indiferença: o México na correspondência diplomática brasileira (1919-1959)

Autores

  • Regina Crespo Universidad Nacional Autónoma de México (Unam)

DOI:

https://doi.org/10.46752/anphlac.14.2013.1227

Resumo

Neste artigo se analisa a correspondência enviada ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil por seus representantes no México, de 1919 a 1959. Entre os temas que os diplomatas analisaram durante o período, destacam-se a Revolução mexicana de 1910, que alguns consideraram um movimento legítimo e outros, um exemplo que o governo brasileiro precisava combater; a problemática e contraditória relação entre a Igreja e o Estado no México, geradora de trágicos conflitos como a Guerra cristera; e o visceral nacionalismo mexicano, assumido por vários diplomatas como uma comprovação do caráter bárbaro do povo e dos governantes do país. O relatório que Leopoldo Collor enviou ao Itamaraty, em 1959, e as cartas e ofícios reservados escritos por Abelardo Roças, durante os anos 1930, comprovam o importante papel que a correspondência diplomática cumpriu na orientação das relações do governo brasileiro com o mexicano no período e demonstram que brasileiros e mexicanos compartilham, desde então, uma agenda errática, feita de aproximações e conflitos, permeada por uma permanente e latente competição.

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Publicado

2013-05-21

Como Citar

Crespo, R. (2013). Entusiasmo, temores, indiferença: o México na correspondência diplomática brasileira (1919-1959). Revista Eletrônica Da ANPHLAC, (14), 43–61. https://doi.org/10.46752/anphlac.14.2013.1227