Exílio e polêmicas intelectuais em Mariel Revista de Literatura y Arte (1983 - 1985): notas para um debate
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.30.2021.3986Palavras-chave:
Revistas literárias e culturais; Mariel Revista de Literatura y Arte; Exílio.Resumo
Este artigo busca analisar a configuração do discurso de uma revista literária e cultural produzida por exilados e refugiados cubanos: a Mariel Revista de Literatura y Arte, publicada entre 1983 e 1985, entre a Flórida e Nova Iorque. Apesar de sua breve vigência, a revista foi importante pela resposta histórica ao quinqüenio gris, à Crise do Mariel e, especialmente, pela discussão que propôs sobre a literatura daqueles anos e o cânon literário da ilha. O objetivo principal deste texto é estabelecer as relações, arquivos e intertextos que pareceram dar margem à enunciação da revista, tendo em vista as relações com as políticas culturais, tanto de Cuba quanto dos Estados Unidos, campo especialmente prolífico para os estudos de revistas culturais na América Latina. Nesse sentido, parte-se de uma análise da discursivização dos marielitos na cultura pública, a partir da mídia cubana, para então seguir a uma análise do editorial da revista, publicado no primeiro volume, bem como de alguns textos de polêmica com outros intelectuais do período.
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