Olhares socialistas sobre África: representações de Moçambique no audiovisual cubano (1975-1989)
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.32.2022.4002Palavras-chave:
Cuba; Moçambique; cinema; representação política.Resumo
O governo cubano de Fidel Castro manteve relações complexas com a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Passou de um certo distanciamento político a um momento de euforia, com a presença de Samora Machel na presidência após a independência moçambicana, até cair em ostracismo, dados os rumos econômicos do país ao final dos anos 1980. Faremos um olhar panorâmico sobre as representações audiovisuais desses contatos por meio da análise fílmica de edições do Noticiero ICAIC Latinoamericano e documentários, com destaque a Nova sinfonia (Santiago Álvarez, 1982). Assistir a essa filmografia nos faz refletir sobre as implicações teóricas da “amizade socialista” (GRAY, 2016) para pensarmos os contatos de países socialistas no âmbito do cinema.
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