Cantinflas, um peladito no projeto de modernização do Estado Mexicano

Autores

  • Maurício de Bragança Doutor em Literatura Comparada/UFF, professor de História da América do IFCS/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.46752/anphlac.6.2007.1374

Resumo

O final dos anos trinta e o início dos anos quarenta, no México, caracterizaram-se por uma alteração de um perfil político que substituía a forte tendência de uma euforia proletária, marcada pelo governo de Lázaro Cárdenas, por um equilíbrio moderado do governo Ávila Camacho. Ao mesmo tempo em que o país se modernizava, impulsionado por um implacável êxodo rural, as feições da cultura nacional ganhavam contornos urbanos. O cinema mexicano acompanhava o próprio projeto de desenvolvimento do Estado nacional pós-revolucionário, contribuindo para a construção de um conjunto de signos que definissem a mexicanidade e o “autêntico”
mexicano. Na comédia, surgia o peladito de Cantinflas. Sua mise-en-scène incluía uma verborragia baseada no nonsense que acabava por apontar as fissuras e contradições daquele projeto nacional. Este artigo pretende trazer a historicidade da cantinflada a
partir do contexto em que é produzida e no qual assume seu sentido de denúncia.

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Como Citar

Bragança, M. de. (2013). Cantinflas, um peladito no projeto de modernização do Estado Mexicano. Revista Eletrônica Da ANPHLAC, (6). https://doi.org/10.46752/anphlac.6.2007.1374