Política, silenciamento e representações: os setores populares na historiografia sobre o regime stronista.
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.18.2015.2281Resumo
A historiografia sobre os modos de resistências às ditaduras cívico-militares na América Latina destaca, principalmente, as ações dos grupos “intelectualizados” da sociedade e dos trabalhadores urbano-industriais, organizados em sindicatos e partidos políticos. Já muitos intelectuais marxistas que desenvolvem estudos sobre esses governos autoritários priorizam como sujeito histórico o proletariado. Assim, como explicar o caso de resistências a regimes militares existentes em países agroexportadores como o Paraguai? Nesse caso, o conceito de proletariado se manifestaria insuficiente, pois não conseguiria explicar as ações de parcelas expressivas da sociedade. Assim, utilizaremos a noção de setores populares, entendido como a constituição de trabalhadores que não estejam necessariamente inseridos no processo produtivo urbano-industrial. Tendo em vista essas questões, o presente trabalho identificará as representações sobre os setores populares presentes nas produções historiográficas que abordam o período marcado pela ditadura cívico-militar do General Alfredo Stroessner no Paraguai.
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