Imaginação literária da América em "O caminho de Santiago", de Alejo Carpentier

Autores

  • Cairo de Souza Barbosa Pontifícia Universidade Católica do rio de Janeiro
  • Beatriz de Moraes Vieira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.46752/anphlac.34.2022.4005

Palavras-chave:

Imaginação literária, Teoria da História, Literatura, Am´érica Latina, Alejo Carpentier

Resumo

Este estudo busca compreender aspectos da imaginação literária da América presente no conto “O Caminho de Santiago”, de Alejo Carpentier, publicado no livro “Guerra del tiempo” (1958). A análise da estrutura poética do texto, associada aos ensaios críticos de Carpentier sobre a literatura latino-americana no século XX, permite perceber que a imaginação histórica da América apresentada pelo autor entrelaça passado e presente, Velho e Novo Mundos, com destaque para a percepção de um espaço-tempo histórico multifacetado e qualitativo, uma vez que o personagem principal transita entre continentes e universos culturais diversos, simultaneamente como “homem do renascimento” e “homem barroco americano”. Essa relação complexa entre tempos, espaços, concepções e práticas culturais, para além do senso de linearidade histórico-temporal, ressignifica as noções de progresso e revolução e aponta para uma percepção da América Latina como locus problemático de civilização.

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Biografia do Autor

Cairo de Souza Barbosa, Pontifícia Universidade Católica do rio de Janeiro

Doutorando pelo programa de pós-graduação em História Social da Cultura da PUC-Rio. Mestre pelo programa de pós-graduação em História Social da Cultura da PUC-Rio e graduado em História (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem interesse nas áreas de Teoria da História, História Intelectual e História da América Latina, atuando sobretudo nos seguintes temas: modernidade, tradição, ensaio, crítica e temporalidade. Atualmente, pesquisa as obras de Pedro Henríquez Ureña, Antonio Candido de Mello e Souza e Édouard Glissant, especialmente as questões que envolvem a relação entre ensaísmo e esfera pública, o desterro enquanto locus epistemológico e a ideia de uma modernidade periférica extemporânea. É membro da Comunidade de Estudos de Teoria da História da UERJ (COMUM) e professor do Centro de Estudos e Pesquisas Educacionais (CEPE). (Texto informado pelo autor)


Beatriz de Moraes Vieira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora do Depto de História (UERJ), atual coordenadora da área de Teoria da História e Historiografia na graduação e da linha de pesquisa Política e Cultura na Pós-Graduação. Possui Doutorado em História (UFF), Mestrado em Literatura Brasileira (UFF), Graduação em História (UFF), e pós-doutorado na Cornell University, EUA (2018), onde mantém laço (não empregatício) como Visiting Scholar no Latin American Studies Program (LASP). Participa do núcleo de pesquisa COMUM (Comunidade de Estudos de Teoria da História e Historiografia da UERJ) e do Conselho Científico e Editorial de Publicações da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH). Estuda as relações entre história, artes/poesia e política.

 

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Publicado

2022-12-27

Como Citar

Barbosa, C. de S., & de Moraes Vieira, B. . (2022). Imaginação literária da América em "O caminho de Santiago", de Alejo Carpentier. Revista Eletrônica Da ANPHLAC, 22(34), 357–391. https://doi.org/10.46752/anphlac.34.2022.4005