Haiti, MINUSTAH e democracia: a técnica de governo biopolítico na operação da Organização das Nações Unidas

Autores/as

  • Lukas Lobo Santos Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

DOI:

https://doi.org/10.46752/anphlac.28.2020.3845

Resumen

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) como um mecanismo de governo biopolítico e continuidade da prática, por parte das nações tidas como grandes potências ocidentais, de intervenção nos processos políticos haitianos desde sua Independência, em 1804. Para isto, realizamos análise bibliográfica acerca do tema, bem como análises de documentos da Organização das Nações Unidas, de instituições envolvidas na operação e do governo brasileiro. Abordando os conceitos elaborados por Michel Foucault, o trabalho apresenta as diferentes técnicas de governo – como racismo de Estado, dispositivo de polícia e disciplina – utilizadas pelos países estrangeiros nas intervenções no Haiti, ao longo dos séculos XIX, XX e início do XXI, para impor valores democráticos liberais, prescrever condutas ao Estado haitiano e aos indivíduos. Ademais, apontamos os interesses do Brasil em comandar a face militar da MINUSTAH.

Palavras-chave: MINUSTAH. Biopolítica. Racismo de Estado.

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Publicado

2020-06-20

Cómo citar

Lobo Santos, L. (2020). Haiti, MINUSTAH e democracia: a técnica de governo biopolítico na operação da Organização das Nações Unidas. Revista Eletrônica Da ANPHLAC, 20(28), 164–199. https://doi.org/10.46752/anphlac.28.2020.3845