O tribunal revolucionário como tribuna política em Cuba: uma análise dos casos “Marquitos” e “Ordoqui”

Autores/as

  • Giliard da Silva Prado Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.46752/anphlac.21.2016.2499

Resumen

Este artigo aborda dois casos representativos da política de expurgos praticada pelo governo cubano contra indivíduos que pertenceram às fileiras revolucionárias, mas que, por terem sido vistos pelo líder da Revolução como obstáculos ou ameaças a seu poder foram rotulados de “contrarrevolucionários” e “traidores da pátria” e submetidos aos tribunais revolucionários. Por meio de uma análise bibliográfica e de fontes relativas aos processos judiciais, este trabalho demonstra que os casos “Marquitos” e “Ordoqui” estavam interligados e consistiram em uma investida de Fidel Castro com o intuito de anular o poder político de dirigentes revolucionários cubanos que usufruíam de grande prestígio junto à União Soviética. Demonstra ainda que os tribunais revolucionários desempenharam também a função de uma tribuna política, evidenciando a insustentável aparência de legalidade jurídica que se pretendeu dar a julgamentos onde o que estava em jogo eram as condutas dos revolucionários e sua lealdade ao líder da Revolução.

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Publicado

2016-06-27

Cómo citar

Prado, G. da S. (2016). O tribunal revolucionário como tribuna política em Cuba: uma análise dos casos “Marquitos” e “Ordoqui”. Revista Eletrônica Da ANPHLAC, (21), 04–33. https://doi.org/10.46752/anphlac.21.2016.2499