Cartas da Revolução Cubana: Reinaldo Arenas antes do exílio Mariel
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.24.2018.2950Resumen
Este artigo se propõe a investigar a correspondência do escritor e poeta cubano Reinaldo Arenas (1943-1990) com seus amigos Jorge e Margarita Camacho, entre os anos 1967-1980, objetivando compreender a dinâmica de sua experiência nas duas primeiras décadas da Revolução Cubana. Arenas foi um intelectual censurado e perseguido por ser homossexual e pelo teor de seus escritos. Nesse período, atuou politicamente contra o autoritarismo por meio da escrita epistolar clandestina. Através de algumas de suas cartas, busca-se explorar os aspectos do pensamento político do escritor, seus posicionamentos, sua subjetividade, as ideias e os sentidos que produziu em relação às políticas revolucionárias, apontando o alcance e os limites das mesmas. Pretende-se, dessa forma, contribuir com as investigações sobre a trajetória do escritor antes de seu exílio pelo porto Mariel em 1980, bem como ressaltar a importância dessas fontes para a historiografia sobre o período, além de aprofundar a compreensão do contexto revolucionário no que se refere à relação entre os intelectuais e a revolução.
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