O historiador Gonzalo Vial e a construção do Marco Político do Informe Rettig (1991)
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.29.2020.3909Palabras clave:
Disputas de memória, Comissões da Verdade, ChileResumen
O presente artigo tem por objetivo analisar o papel do historiador Gonzalo Vial na construção do Marco Político do Informe da Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación Chilena, conhecido como Informe Rettig. Tal seção do documento foi dedicada a tratar dos eventos anteriores ao golpe de Estado de 1973. A narrativa contida no Marco Político do Informe reforça a ideia de inevitabilidade do golpe, utilizando-se da teoria historiográfica de Gonzalo Vial de que a quebra da democracia no Chile se deu a partir da “quebra de consensos” que já vinha acontecendo desde o início do século, mas que se intensificou com a eleição de Allende em 1970. Buscaremos, portanto, refletir sobre os usos do passado recente chileno e sobre o papel do historiador na construção de uma memória oficial que permitisse a reconciliação entre os chilenos, necessária para a consolidação democrática do governo de Aylwin.
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